domingo, 28 de novembro de 2010

Saudade

Escrevo estas palavras de forma a saciar esta saudade que paira em mim. Tento escrever no céu aquilo que tento acreditar, mostrando a lua o que me faz sentir vivo e partilhando às estrelas as angustias de não te sentir aqui! Vejo a brisa conturbada, a dar-me chapadas na cara, o sol, a cegar o brilho do meu caminho, o desespero, a entrar dentro da minha alma, uma lágrima solidária, a percorrer a minha face sem destino, o silêncio, da noite esquecida, o frio, a dominar os meus movimentos, o pensamento, preso numa entropia esquisita. O meu coração pesa mais que eu e a minha alma juntos, bate fortemente na esperança de te encontrar no meio destas palavras que escrevo. Sente a falta daquela emoção sentida quando me olhavas nos olhos, e deixavas penetrar no teu pensamento que o ar transmitia sem obstáculos que o fizesse parar. Porém, agora despejo nesta folha, toda a saudade que tem dormido comigo ao meu lado na mesma cama que eu, deixando aquele vazio que só tu podes preencher!